Auto da Alta


CONCEPÇÃO CRIATIVA

Com uma linguagem popular e animada o Auto da Alta traz a tona diversos gêneros de teatro de rua e interação com o público. O texto foi escrito pelo ator Jonas Piccoli, um dos atores da peça. O espetáculo foi montado como modelo da Comédia Dell’arte adaptada ao contexto histórico-brasileiro. Com personagens caricatos, exaltados que praticam a música, a encenação, o improviso e a interação com o público de diversas faixas etárias e classes sociais. Os atores usam técnicas de palhaço e clown para a prática do humor e improviso em cena.

A peça aborda o romance entre pessoas muito diferentes, em questões de cultura, classe social, tipo físico, personalidade, humor, entre outras. Mas eis que mesmo nas adversidades. O roteiro começa com a apresentação dos personagens através de versos, e a cena se desenrola, onde a dupla de músicos interage com os personagens, criando grandes confusões para dificultar a vida dos apaixonados, envolvendo gags circenses como o balde d’agua, os tapas e bofetes, entre outras. A perna de pau justamente entra na história para dificultar o amor de Ruzarin pela Alta, pois ela uma nobre dama da sociedade, tem o “defeito” de ser muito alta e com isso renega todos que se aproximam, e ele, não tendo nada a perder, vê a verdadeira essência da moça e parte para a conquista. O desfecho mostra a possibilidade de realização de um amor verdadeiro entre pessoas tão diferentes.

A concepção dos figurinos assim como a maioria dos instrumentos musicais foram construídos com sucatas de metal, plástico e tecidos reaproveitados, assim como seus adornos com tampinhas de garrafa.

A peça reúne ao ar livre diversos públicos, dos 8 aos 80 anos, sendo motivo de muitos gargalhadas e aplausos por onde passa. Garantia de diversão, entretenimento e democratização da arte.


SINOPSE DA PEÇA:

A peça é uma comédia cheia de surpresas e brincadeiras junto ao público. Representa a tentativa do Ruzarin, um errante paspalho e atrapalhado, conquistar a senhorita Alta, uma moça bela, solitária e temperamental. Porém ele não sabe o que fazer, e pede ajuda aos dois músicos do local, Eberaba e Barnabé, que acabam se divertindo ás custas das trapalhadas de Ruzarin, e mais atrapalham que ajudam. Enfim, uma história de dar inveja a qualquer Romeu e Julieta!



CONCEPÇÃO DE FIGURINOS

O estudo de figurinos da peça “O auto da Alta” foram baseados nas figuras cômicas dos antigos menestréis e na reutilização de materiais alternativos. A base das roupas dos personagens centrais é o algodão cru e combinações com tecidos de cores e caimentos diferenciados

No homem, um andarilho, as roupas largas, desajeitadas e de costuras simples, com remendos aplicados e barra com tampinhas e botões trazem a tona o cerne do personagem: um glutão, covarde, simples e com pretensão a nobre cavalheiro pela sua nobreza de espírito.

O figurino feminino, da Srta. Alta, é inspirada no romantismo, saia rodada, decote, adornos de flores e topes feitos com garrafas pet e tampinhas. O figurino acompanha os movimentos da personagem, dando liberdade ao movimento necessário para as pernas de pau. Outro interessante recurso é referente ao alongamento do vestido, pois a personagem a medida que se envolve com Ruzarin, cresce, literalmente, por isso o vestido tem mecanismo de acompanhar a troca, sem deixar transparecer o instrumento utilizado.

Os músicos, fundamentais a encenação, por sua vez ganham roupas mais nobres, com casacos volumosos e pomposos, um em tons vermelho e outro em tom azul, cada um valorizando a silhueta pretendida, um de forte e outro de fraco, um ardiloso e o outro inocentes, um auto e o outro baixo. De forma a tornar a participação dos personagens imprescindível à representação, sendo espelhos de força para Ruzarin e para Alta.



CONCEPÇÃO DE SONOPLASTIA:

A sonoplastia do grupo é feita ao vivo pelos próprios personagens da peça. As músicas foram compostas pelo grupo com referência nas cantigas de roda, porém com uma nova construção em sua verbalização. O tom do dodecafonismo foi uma forte inspiração para as melodias da peça, bem como a investigação de materiais alternativos para a sonoplastia, como uma tábua de lavar roupas, tampa de panela com rebites, entre outros elementos musicais, como latas que conforme os passos da personagem produzem som.

A peça traz algumas poesias, que são acompanhadas por toques ou cordas de violão. Toda a peça por si só traz sempre um som, seja nas piadas, como nos passos marcados, mas como se baseia fortemente no improviso da cena, nenhuma apresentação é igual à outra, dando liberdade de criação aos componentes da montagem.


FICHA TÉCNICA DO ESPETÁCULO:



TÍTULO DO ESPETÁCULO: O Auto da Alta

AUTOR: Jonas Marcel Piccoli

DIRETOR: Jessé Oliveira

FIGURINISTA: Raquel Cappelletto

RESPONSÁVEL PELA TRILHA SONORA: Gutto Basso

SONOPLASTIA: executada ao vivo – Bruno André Zilli e Rodrigo Tedesco Guidini

CONTRA-REGRA: O grupo

EMPRESA PRODUTORA : Ueba Pró Comunicação Ltda.

ELENCO: (por ordem alfabética ):

• Aline Fernanda Zilli – Srta. Alta

• Bruno André Zilli – Eberaba

• Jonas Marcel Piccoli – Ruzarin Ruzanté

• Rodrigo Tedesco Guidini – Barnabé

TEMPO DE DURAÇÃO: 40 minutos

FAIXA ETÁRIA: a partir de 5 anos até adultos e idosos

PÚBLICO-ALVO: crianças, círculo escolar, pais e sociedade em geral.

LOCAL DE APRESENTAÇÃO: Adaptável a espaço alternativo (pátios, praças, ginásios)