Zão e Zoraida

CONCEPÇÃO CRIATIVA:

A Peça Zão e Zoraida surgiu do trabalho dos atores Jonas Piccoli e Aline Zilli, com suas experimentações sobre as técnicas de clown e das gags circenses. A montagem reproduz a facilidade de fazer amizades entre as crianças, a busca das coisas em comum, das brincadeiras por vezes já esquecidas, e ao mesmo tempo em que resgata a imagem do palhaço circense, as brincadeiras que muitas crianças não conhecem e que muitos pais apenas recordam em suas remotas memórias infantis.

O roteiro, cuidadosamente elaborado, mescla aventura, ação, sonho e a busca de um sentimento intangível: a Felicidade. A cada cena Zão e Zoraida ficam mais cúmplices e entregues a sua brincadeira, levando ao mesmo tempo a seriedade de adultos em busca de um importante tesouro, e a inocência das crianças, que conseguem divertir-se em todas as situações, beirando as peraltices inconsequentes da infância.

SINOPSE:

A história começa com o encontro dos dois palhaços que juntos partem para a busca da felicidade eterna. Seguindo o mapa, eles entram na floresta, passam por diversas situações cômicas, são pegos pelo guarda e vão parar na prisão. Eles aprendem a lição e partem em busca do tesouro, até que uma descoberta muda essa história... Os personagens interagem com o público e fazem com que todos participem na busca pela Felicidade Eterna.

Baseado no trabalho de ator e do clown e da mecânica do palhaço, os atores interagem com o público, trabalhando com a linguagem circense e também com o improviso. A peça é repleta de trapalhadas e peripécias que fazem os adultos e crianças rirem do início ao fim.


OS PERSONAGENS:


Uma mescla entre clown, palhaço, personagens e infância fazem com que Zão e Zoraida sejam alegres e intrigantes.

Zoraida segue os traços tradicionais dos palhaços Brancos: inteligente, mandona e ambiciosa. Usa seu companheiro de cena para se prevalecer, para se sobressair e conquistar seu espaço, quando necessário, usa das características do Augusto para poder passar bem. Já o personagem Zão é propriamente o Augusto, que faz um tipo único, o menino, o bobo, o esfarrapado, é o ingênuo, é quem não consegue mandar, que apanha, mais bobo e menos autoritário, que obedece e é enganado.

As crianças se identificam com o Zão, na medida em que esse se faz as maiores trapalhadas, diz grandes bobagens e zombeteia da Zoraida. O Augusto é o bobo, o eterno perdedor, o ingênuo de boa-fé, o emocional. Ele está sempre sujeito ao domínio do Branco, mas, geralmente, supera-o, fazendo triunfar a pureza sobre a malícia, o bem sobre o mal.

Zão e Zoraida através do palhaço podem tudo, porque pelo simples fato de usar um nariz vermelho e encarnar a inocência, eles se vêm livres para poder fazer o que têm vontade.

Nesta trajetória ainda encontram um terceiro personagem, conforme define os Fratellini, o "contre-pitre", parecido ao Augusto, mas que se aliava ao patrão. Neste caso representado pelo Seu Guarda, que é aquele que tem suas características com base no Augusto, mas é muito esperto, joga do lado que lhe convier, move-se entre o Branco e o Augusto para fazer valer a sua vontade.



MÚSICA E SONOPLASTIA:


As músicas executadas ao vivo são um espetáculo a parte, as interações entre os músicos e os atores, dá o tom à montagem com bom humor e irreverência. Por vezes, as melodias são propriamente o espetáculo, divertindo o público e fazendo-os cantar junto às melodias mais conhecidas, como “ta com pulga na cueca”, popular nas cantigas brasileiras ao rock internacional, com paródias ou mesmo variações da interpretação.

Na concepção há no canto esquerdo do palco, a frente das cortinas, uma bateria e dois violões, atrás dos instrumentos dois habilidosos atores e músicos executam toda a trilha sonora e fazem vezes a sonoplastia durante toda a peça teatral. Resgatam os sons típicos das gagues circenses, das pancadas, dos passos marcados, das ideias, enfim, tudo ganha som para acompanhar a rica movimentação no palco.


FIGURINO E MAQUIAGEM:


A pesquisa de figurinos partiu do vestuário infantil, onde buscou analisar elementos do resgate histórico, como macacões, jardineiras, saias rodas, listas e bolinhas. A investigação destes elementos, unidas ao corte diferenciado gerou a necessidade de destacar alguns aspectos dos personagens.

Zão, o menino, usa macacão vermelho com alças grandes, que seguidamente caem para o lado, gerando assim uma incomodação para o personagem, enquanto a bermuda do macacão é larga e curta, mostrando as pernas e valorizando a barriga do personagem. A camiseta azul faz oposição ao vermelho, complementando o visual de cores fortes. A boina vermelha, as meias coloridas e o sapato grande compõem o visual do palhaço dando o tom infantil. A maquiagem destaca os olhos e a boca do personagem, sendo branca com contornos em preto de forma bem sutil, e para completar o famoso Nariz de Palhaço vermelho fecha o figurino.

Zoraida, a menina, veste roupas típicas de meninas! E como toda menina que gosta de experimentar roupas e isso já é, por si só, uma brincadeira. Usa uma saia por cima da outra, uma blusa por cima da outra, dando um volume de tipos e cores de tecidos, assim como mistura o branco e o preto, valorizando a blusa Poá rosa e preta e a meia calça rosa e preta de listinhas. A saia rodada lilás com renda e tope nas costas complementa o figurino dando o ar infantil. Usa por baixo das saias um calçote branco com coraçõezinhos. O cabelo é preso em Maria-Chiquinha com pom-pons rosa, valorizando os traços finos do rosto. Assim como Zão, a maquiagem da Zoraida valoriza os olhos, com a cor branca e o contorno preto, as bochechas são rosadas como se a personagem estivesse variando da vergonha para a raiva. O nariz de palhaço complementa a figura desta palhaça branca.

Em ambos as cores são fortes e o visual lembra uma criança arteira!


O ROTEIRO:

A história começa no encontro de Zão e Zoraida, dois jovens palhaços por acaso se encontram. Zão está preocupado em levar a encomenda do seu Manoel para poder ganhar um pastel, e Zoraida tem nas mãos o mapa que a levará a encontrar a pedra da felicidade eterna, porém ela nota que sozinha não conseguirá e pede ajuda ao seu novo amigo. Para conseguir a ajuda do Zão, a palhaça faz uma sessão de hipnose e convence o Zão a ajudá-la. Eles começam a decifrar o mapa, pegam o carro da Zoraida e partem para a aventura, porém o carro não funciona e Zão promete ajudar, mas acaba atrapalhando e estragando o carro, Zoraida o faz empurrar até a floresta, lá Zoraida se diverte com o medo do Zão e veem que no mapa diz para sair pulando. Em uma descontraída brincadeira, pulam carniça até o muro, que devem ultrapassar para poder continuar sua busca.

Os palhaços não conseguem pular o muro, até que Zão tem uma grande ideia, e chega com uma bomba! Ambos se desesperam, até que chega em cena o Seu Guarda, eles disfarçam e saem com a bomba, que explode e joga os dois ao pé do guardião do muro, que na verdade era a cadeia. Os dois vão presos, tentam fugir e esperam a noite chegar, para poderem escapar. Quando finalmente saem da cadeia, descobrem que a outra metade do mapa está presa acima de suas cabeças. Zão sai para pegar uma escada, nisso fazem diversas trapalhadas, até que novamente chega o Seu Guarda, que acaba apanhando da escada. Quando finalmente o Seu Guarda se recupera e vai embora, Zão sobe na escada para pegar o mapa, mas descobre que tem medo de altura, então chora e assoa o nariz na parte final do mapa. Zoraida vê a cena e fica furiosa, pois não vai mais poder encontrar a pedra da felicidade. Zão confessa ao público que antes de assoar o nariz, viu o que dizia o mapa e acha a pedra da felicidade. Zão chama Zoraida para lhe contar a verdade, mas descobre que se ela encontrasse a pedra, eles iam se separar e nunca mais se ver, então Zão joga fora o tesouro e convida a Zoraida para abrir um circo, no qual o Seu Guarda será o apresentador de circo. Nisso descobrem o verdadeiro sentido da felicidade!

A peça Zão e Zoraida é baseada no trabalho de ator e do clown e na mecânica do palhaço. Os atores interagem com o público, trabalhando com a linguagem circense e também com o improviso. A peça é repleta de trapalhadas e peripécias que fazem os adultos e crianças rirem do início ao fim.


FICHA TECNICA:


TÍTULO DO ESPETÁCULO: Zão e Zoraida

AUTOR: Jonas Marcel Piccoli e Aline Fernanda Zilli

ENCENADOR: O Grupo

CENÓGRAFO: Jonas M. Piccoli

FIGURINISTA: Rosa Nice e Raquel Cappelletto

OPERADOR DE ILUMINAÇÃO: Fernando Gomes dos Passos

CONTRA-REGRA: Bruno Zilli

EMPRESA PRODUTORA : Ueba Pró Comunicação Ltda.

ELENCO: (por ordem alfabética):

• Aline Fernanda Zilli – Zoraida

• Bruno André Zilli – Seu Guarda

• Jonas Marcel Piccoli – Zão

• Joe Guidini – Músico

• Rodrigo Guidini - Músico

DURAÇÃO: 45 minutos

FAIXA ETÁRIA: a partir de 5 anos

PÚBLICO ALVO: crianças, jovens e adultos